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EDITORIAL ATRASADO, DE JUNHO

Junho é mês de meu aniversário, completo 64 anos no dia 20 e me lembro bem que em 2020, mais ou menos por esta época me sentia tão desanimado quanto me sinto agora, se é que não estou mais.

Isso se reflete em tudo que fazemos e por mais que eu goste de escrever para a MS está sendo complicado manter este compromisso, que até por ter feito comigo mesmo é tão simples de não cumprir.

Junho também é o mês em que chega a conta da hospedagem do site da MS e do domínio, já paguei, mas é sempre um valor que sei que será tirado de alguma outra coisa que talvez me desse um pouco mais de prazer.

Então no dia primeiro, não escrevi nenhum editorial e também ninguém sentiu falta, assim como há mais de um mês interrompi a sequência de HQ da seção #MSBD e ninguém notou, ou parei de de fazer a nova #DICAS e não houve qualquer crítica.

Não é que eu esteja me queixando, afinal ninguém pediu para eu trazer a MS de volta, mas as sensação de que estou fazendo isso e que ninguém está nem aí é pior do que ter que usar meu suado dinheiro para pagar por isso.

Por isso não teve editorial, eu não queria ter que escrever o que estou escrevendo, mas mesmo esperando duas semanas meu pensamento não mudou.

Criei a opção de cobrar para o leitor VIP, mas não me sinto bem em cobrar por um extra que — sinceramente — não me sinto em condições psicológicas para fazer.

Então lamento, mas vou fazer uma pesquisa com os eventuais leitores da MS e que porventura desejam realmente que a MS continue a ser publicada — se é que existe algum — mas não será apenas uma pesquisa, será uma solicitação de retorno financeiro, pois enquanto continuar esta pandemia sou obrigado a me virar para manter um padrão de vida já há muito foi reduzido e até que o recupere com outras atividades não vou mais escrever uma vírgula gratuitamente.

Por enquanto não estou pensando em fechar a MS, mas ela será congelada e apenas preservada, sem novidades, exceto se puder pelo menos se auto sustentar com uma colaboração mínima de quem achar que importa ela existir.

E se não importar a ninguém… bom, aí vamos ver!

Divino Leitão

Safra de 57, um cara das artes, professor e coordenador do CPD da MS. Desde sempre!

8 thoughts on “EDITORIAL ATRASADO, DE JUNHO

  • Hoje (26/08/2021), do nada, lembrei da MS. A revista que me ajudou a ingressar no mundo da informática.
    Meu primeiro micro foi o CP-300 em 1983. Com mais tempo vou navegar pelo site, mas com certeza já o parabenizo por sua dedicação.

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    • Valeu Frank, estou justamente ralando no site neste momento, vom ver que a MS ainda tem seus leitores fiéis. Seja muito bem vindo.

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  • HAMILTON R. AMORIM

    A Revista Micro Sistemas é parte da minha história e me traz uma nostalgia muito boa. Tenho enorme orgulho das duas edições onde me permitiram publicar meus experimentos, quando eu ainda era um adolescente. Obrigado por tudo.

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    • Valeu Hamilton. Fico muito feliz com sua presença e volte a publicar na MS. Agora está bem mais fácil.

      Resposta
  • Comecei com a Micro Sistemas em 1984, quando tinha um TK85 (ZX-81)…. de lá, TK90X e TK95 (ZX-Spectrum), passando por TRS-Color (CP400 Color II), TRS-80, MSX, e mais pra frente Commodore 64, Amiga, PC…….

    Estamos em um novo momento, em que o Vintage volta a vida. Eu mesmo criei meu próximo CPD Vintage…. lado a lado com nosso desenvolvimento de software e de jogos para video games como Playstation, XBOX, Nintendo Switch, etc etc.

    E posso dizer que o encanto dos nossos microcomputadores vai durar para sempre, se nós fizermos nossa parte.

    Hoje são lançados mais de 70 jogos modernos para o ZX-Spectrum todo ano (minha paixão).

    Eu mesmo recomecei o desenvolvimento de novos Games para o Speccy…. mas talvez também faça para o TRS-Color, etc

    Então… aqui estamos. Conte com a gente para ajudar você em tudo: Divulgação, financeiro, matérias, software …..

    A ideia da revista comemorativa dos 40 anos é o tipo de coisa inteligente que vai levantar tudo novamente.

    Eu fui jogar ontem com meu “novo” ZX-Spectrum que chegou essa semana com meu filho de 13 anos (que tem PS4, Nintendo Switch, etc).
    Ele se encantou tanto que quer um Spectrum.

    Não é à toa o encanto dos computadorers antigos. Há um “que” de jogabilidade, criatividade…. que falta na maioria dos games atuais.

    Como disse o fundador da Ultimate sobre o Spectrum: “A ausência de recursos deu a luz a uma geração de pessoas extremamente criativas”.

    Então é isso. Vamos nos unir, divulgar….. o mercado QUER isso.

    A prova viva disso é o ZX-Spectrum Next, que já esgotou as duas primeiras edições (issues).

    Estou mesmo na fila para comprar na terceira edição.

    Também me ofereço (sem qualquer custo) para tradução da revista para o inglês e para ajudar na divulgação mundial, pois temos uma boa estrutura de marketing pelo mundo todo. 🙂

    A Micro Sistemas tem tudo para ser ainda maior que foi no passado, quando digitei meu primeiro jogo completo(em uma edição da MS) e entendi todo o funcionamento, aos 9 anos de idade, quando começou minha carreira bem sucedida.

    A contribuição da revista para mim mudou minha vida, e com 12 anos de idade fiz meu primeiro projeto remunerado, na época para a Marinha… em um MC-1000 da CCE!!! 😀 E deu certo!

    Então, nada de congelamentos e interrupções.

    Vamos criar uma comunidade, uma sociedade, uma cooperativa…. o que for!!! De modo que esse projeto, que é um dos mais incríveis que já existiram no Brasil, cresça novamente e se torne ainda maior do que já foi.

    No aguardo!!!!

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    • Ola Ulisses, desculpe pela demora em responder ou mesmo aprovar seu comentário, que é muito bem-vindo, porém estive muito envolvido com tantas questões que realmente precisei deixar a MS de lado, mas a intenção não é parar e sim pegar um gás para manter o que já venho fazendo há mais de 12 anos.

      Realmente o vintage está cada vez mais despertando apoiadores e não estou fora desta área, embora tenha uma relação diferente com isso, pois vintage normalmente é uma relação de pessoas que descobrem o prazer de utilizar antigos equipamentos, que — por motivos diversos — não usaram como deveriam na época em que eram o máximo em “novidade”. Eu estive lá, usei de todas as formas possíveis de imagináveis, então não tenho o mesmo pique para usar nos dias atuais, na verdade só desejo ter o melhor da atualidade e somente uma nostalgia muito grande me faz ainda ter computadores antigos, mas o tempo que dedico a eles não é o que mereceriam e não adianta tentar mudar isso, quanto mais o tempo passa, mais quero distância daquilo que já vi e já utilizei, se pudesse, trocava de micro a cada novo lançamento.

      Mas tenho este passado e não posso jogar fora, então apoio atividades, estou sempre propenso a fazer algo onde entenda que possa ser útil, mas não vou muito além disso e como não há muitas pessoas envolvidas com a própria MS, a revista online pode parecer que não dá atenção a este segmento, mas é apenas porque ninguém pede espaço para isso, a porta está sempre aberta.

      Em 2022 tenho a intenção de deixar isso mais explícito, gosto que exista ainda uma MS e nestes dois últimos anos tive o prazer de ver mais pessoas usarem seu tempo para ter inclusive edições especiais impressas, que tem agradado muita gente.

      De minha parte são bem-vindas todas as atividades que existiam na MS impressa, porém pretendo focar em algumas coisas diferentes, inclusive voltadas para um público que tem sido esquecido e que a MS impressa sempre atraiu, as crianças, que atualmente tem acesso ao máximo da tecnologia, mas não sabem sequer o que tem dentro de seus celulares, algo que os mais jovens lá dos anos 80 tinham que descobrir abrindo suas máquinas.

      Se abrir um celular nos dias atuais… ele nunca mais funciona, alias são feitos para não serem abertos, ou a pessoa vai descobrir que o que tem lá dentro não vale o custo altíssimo.

      Estou as ordens… e qualquer ajuda é bem-vinda.

      Divino Leitão

      Resposta

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