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INVASÃO DOS DRONES

DRONES X FOGOS DE ARTIFÍCIO

Neste réveillon de entrada do ano de 2024 resolvi assistir algumas queimas de fogos e foquei no Balneário Camboriú, para ver como seria a apresentação de mil drones voando juntos, presente (será?) de Abu Dhabi e segundo anunciavam: “A maior apresentação de drones da América Latina.”

Difícil saber se foi realmente a maior, mas fiquei bastante decepcionado, pois esperava algo ao nível de hologramas e o que vi foram animações parecidas com as que eu fazia em meu ZX 81, lá nos anos 80 e sem falsa modéstia, as minhas eram melhores.

Minhas expectativas é que foram grandes, então é mea culpa, confere aí…

Tudo bem, não foi tão ruim assim, pelo contrário, as pessoas gostaram e creio que a experiência ao vivo deve ter sido bem melhor que assistir por vídeos.

O 4K surgiu em 2003, ou seja, 23 anos depois da resolução de 240 x 32 em preto e branco. A primeira alta resolução nos computadores, com 64 mil cores, veio com o computador Amiga, pouco depois de 1985 e atualmente temos as fantásticas gráficas com estupidilhões de Pixeis e sei lá quantas cores, mas seguramente mais do que nossos olhos obsoletos podem enxergar, quem sabe Elon Musk resolva isso, com seus implantes nos loucos (eu incluso) que toparem trocar órgãos por implantes digitais.

Drones gerando figuras nos céus não são novidades, em Singapura, na virada de 2019 para 2020 teve uma apresentação similar, com apenas 500 drones e acredito que tiveram mais tempo para preparar as imagens, pois além de ter menos drones as imagens pareciam menos… digamos: nerf.

Confira no vídeo…

SERÁ QUE VAI MELHORAR?

Claro que vai, levou 5 anos para os computadores saírem de 240 x 320 para mais resolução, mais cores e depois mais uns 12 para chegarmos ao 4K e depois uns 18 anos para dobrar, ou seja, não dá para fazer previsões.

Este é o drone usado em Camboriú, não tem câmera, mas é dotado de um sistema que conecta cada drone aos demais e opera com IA, não encontrei referências de marca ou modelo.

Em alguns anos, ou talvez no final deste, podemos ter até mesmo um drone projetado especificamente para este tipo de trabalho, com um design diferente que privilegie a resolução e mais luzes.

Imaginei um drone com formato quadrado, com hastes contendo os leds e formando um quadrilátero de leds que poderiam formar um pixel em 3D, de forma a criar um holograma ao invés de uma imagem plana. Para demonstrar isso só fazendo uma animação em 3D, não dá para fazer agora, o ano começou com muito trabalho, está difícil até escrever artigos, pois tenho um livro para entregar ainda este mês e é prioridade absoluta, pois está “um ano” atrasado.

Se ainda não sabe do livro, dá uma olhadinha na amostra grátis, com alguns capítulos.

FALANDO DE FOGOS DE ARTIFÍCIO

Nunca gostei de fogos, desde muito criança os evitava, mas não escapava das brincadeiras estúpidas dos demais moleques e com certeza eu mesmo já participei de alguma.

Na única vez que lidei com fogos tomei todos os cuidados possíveis, mesmo assim um sujeito conseguiu pegar um deles (arrancou da armação que construí com pregos) e tentou segurar, felizmente não perdeu nenhum dedo, apenas se queimou levemente, mas estragou a festa.

Depois disso prometi que se houvesse fogos em uma festa eu não iria.

Mesmo assim acabei indo diversas vezes na praia de Copacabana, era difícil resistir a um evento tão procurado, ainda mais se tinha no “cardápio” um show dos Rolling Stones ou coisa parecida, então fui, mas jamais levei minha filha, que era ainda um bebê, talvez ela até gostasse, mas não ia arriscar.

Levei minha mãe… afinal ela sempre falava que queria ver e levei uma vez. Me arrependi, pois apesar de não ter acontecido nada, quase a perdi na multidão quando fomos sair. Eu sempre deixava a praia pelo menos umas três horas depois da queima, ainda tinha cidra para beber, ainda tinha shows e entrar no meio daquela turba não estava em meus planos, mas a dona Ignez estava cansada, queria ir embora, já tinha visto os fogos, não gostou e então fomos… foi duro e acabamos esperando o mesmo tempo para chegar o metrô, táxi e ônibus nem pensar e ir a pé, como eu já havia feito em outras ocasiões estava fora de cogitação.

E sim, eu estava lá quando houve uma falha de segurança e as boias de onde saem os fogos se aproximaram muito da praia e o vento trouxe pedaços enormes de fogos, ainda incandescentes, causando muitas vítimas e prejuízos imensos aos carros que estavam estacionados na orla. Só quem estava lá para saber o terror… sabe a cena da invasão da Normandia, mostrada no filme “O resgate soldado Ryan”, então… foi pior, uma morte e 49 feridos, mas é evidente que os números são falsos, muito mais gente se feriu só no lugar onde eu estava.

E depois disso não fui mais, o risco me incomodava.

Uma vez, na ilha de Paquetá ia ter a primeira queima de fogos e estava novamente com boa parte da família reunida, inclusive dona Ignez e fomos lá para conferir, certamente não ia ser aquela loucura de 3 milhões de pessoas juntas numa mesma praia.

E não foi, foi uma decepção para todos, exceto eu, que me diverti com a situação. Um grupo de protetores de animais conseguiu a proeza de conseguir uma ordem judicial poucos minutos antes do evento, foi lá e embargou tudo.

Segundo eles, o evento iria perturbar a paz dos milhares de pássaros que vivem na ilha e estariam dormindo nesta hora. Assim coimo animais de estimação e a maioria de idosos que moravam na ilha e isso não era retórica, realmente tudo isso iria acontecer e a queima de fogos não ocorreu.

O maior interesse dos políticos não é proporcionar um espetáculo e sim comprar fogos superfaturados que sequer poderiam ser contados após o uso, ou seja, quem vai contar se foram queimadas 10 ou 50 toneladas de fogos?

Aqui em minha cidade é rigorosamente proibida a queima de fogos, com multas pesadas para quem descumprir a lei… pura balela, ninguém fiscaliza e a própria prefeitura acaba soltando seus foguetinhos, nesta passagem de ano o barulho foi ensurdecedor.

Fogos são um perigo e sinceramente não aguento mais ver.

Pelo que vi dos drones, tão cedo não irão substituir os fogos, até porque fala-se em fogos “silenciosos” para dobrar as cada vez maiores reclamações a respeito, especialmente a dos profissionais de saúde que precisam trabalhar em triplo para atender os acidentados, a maioria crianças.

Tive uma experiência ruim com minha filha que, ao mesmo tempo, acabou sendo engraçada, mas definitivamente não a deixei mais chegar perto de fogos.

Desde criança me davam estalinhos para brincar. Pareciam inofensivos então um dia comprei uma caixinha e comecei a brincar com a Tavane. Jogava no chão e ela ria, até que dei um na mãozinha dela, esperando que jogasse no chão…

Ela colocou na boca e mordeu. Desesperado, ouvi a pequena explosão e ela abriu um sorriso, com os dentes pretos. Não me lembro de ter me sentido tão mal na vida. Lavei seus dentinhos e era só fuligem e ela ria tanto que eu nem acreditava no que tinha acontecido. Estalinhos nunca mais.

Bom, acho que chega de falar de fogos.

CONCLUSÃO

No filme “Blade Runner 2049, tem hologramas gigantes em todo lugar e ainda uma holograma em tamanho real, que é uma espécie de companheira do protagonista.

Dificilmente estarei vivo em 2049 para ver quantas previsões do futuro o filme acerta, a exemplo do primeiro filme que acertou várias e algumas aconteceram antes mesmo da data prevista, que era 1992, outras bem depois e algumas estão para ocorrer.

Mas acredito que hologramas serão a próxima conquista e talvez cheguem em formato de drones, pelo menos os gigantes, como no segundo filme.

Para sair da baixa resolução em que se encontram vai uma distância ou – sei lá – podem aparecer já no réveillon de 2025, a tecnologia avança atualmente a passos largos, tanto que o ano de 2023 foi o ano da IA, que praticamente saiu de uma caixa de pandora e está aí nos admirando e assombrando ao mesmo tempo.

Aliás, as IA serão tema de um próximo artigo.

Grato pela leitura, terei o maior prazer em ver seus comentários e suas opiniões a respeito.

E um feliz e próspero 2024 a todos os amigos que me prestigiam com sua presença.

 

Divino Leitão

Safra de 57, um cara das artes, professor e coordenador do CPD da MS. Desde sempre!

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