Sétima ArteESCOLHA DOS EDITORES

VAMPIROS

COVID 19

A pandemia que aflige o planeta tem algumas características que remetem a vampiros, uma das alegadas causas da mesma, seria um morcego que se alimentou de algum animal com o vírus e depois foi comido por algum chinês e deu origem aos tormentos que a humanidade vem passando desde o final de 2019.

Obviamente a história não deve ser assim, mas curiosamente o castelo de Bran, na Romênia e que é considerado como o “lar” do Drácula usou a fama do castelo para estimular a população a se vacinar contra o COVID, uma vez que as pessoas que vivem na região não são muito adeptas da vacinação.

Vi esta notícia ainda ontem na televisão e isso me fez lembrar que há algum tempo não escrevia uma matéria para a sessão Sétima Arte, comecei a pensar em um tema ligado a vampiros e decidi escrever sobre o assunto, baseado em minha experiência pessoal com estes seres das trevas.

Muitos não fazem a ligação, porém sempre vi os vampiros e os zumbis como algo muito parecido, afinal quando atacam outras pessoas as transformam e querem seu sangue, são assustadores e apesar do cinema as vezes mostrar os vampiros como seres elegantes e atraentes nem sempre é assim que as lendas, mitologias e folclore os mostram, os vampiros estão muito mais próximos dos zumbis do que da nobreza.

Para me informar mais sobre o assunto, li antes vários textos e o que trata melhor do assunto —  com uma quantidade fantástica de informações — é um artigo da Wikipédia, o qual recomendo a leitura a quem se interessar e quiser se aprofundar no tema.

LITERATURA

Sem dúvida a obra que marcou mais o tema foi a versão do escritor irlandês, Abraham “Bram” Stocker, cujas definições para o termo “vampiro” passaram a ser usadas em praticamente todas as artes, afetando tudo que foi feito desde seu assustador livro, que causou muito incômodo na época do lançamento, ou seja, o ano de  1897, quando o autor contava com quase 50 anos.

O século XVII foi pródigo em literatura de terror, Frankenstein, de Mary Shelley, foi lançado em 1816 e Edgar Alan Poe escrevia seus contos fantásticos também entre 1845 e 1849, quando faleceu, com 40 anos. Outros livros sobre vampiro também foram publicados, inclusive o da primeira vampiresca, lançado pouco antes de Drácula, pela mesma editora de Stocker. O nome da obra era Carmilla.

Quando Frankenstein foi criado, um dos presentes a festa promovida por Lord Byron era o médico inglês, John Polidori, que logo após também escreveria uma obra sobre vampiros, que teria sido relatada a ele pelo próprio Byron, o título era “The Vampire” e é considerado como um dos precursores do gênero, embora esteja longe de ser o primeiro, já que o alemão Goethe publicou em 1797 o poema “Die Braud von Korinth” (A noiva de Corinto) e há obras menos conhecidas em todo o mundo, praticamente em todos os continentes.

Talvez por ter definido melhor o tema, a obra de Bram Stocker tornou-se referencial, até porque foi utilizado para compor a obra a figura real de Vlad Tepes que traduzido do romeno, quer dizer Vlad, o Empalador, um sanguinário Principe que tinha o hábito de empalar os inimigos em lanças, provavelmente para assustar futuros candidatos a invasão.

Bram Stocker também utilizou recursos em sua obra que davam a mesma o mesmo efeito conseguido por Orson Welles, que narrou — em 1938 — uma novela radiofônica sobre uma invasão alienígena, em “Guerra dos Mundos” que fez muita gente pensar que era verdade. Apenas se tratava da narração e dramatização da obra “Guerra dos Mundos” do inglês Herbert George Wells.

Stocker colocava em seu livro cartas, notícias de jornais e até atualizava a obra a cada reedição, fazendo com que parecesse muito real e provavelmente esta foi a diferença que tornou seu Drácula uma referência, dai em diante.

No entanto a figura dos vampiros é até mesmo associada a versão católica da criação do mundo, sendo que há diversas vertentes que colocam Caim, um dos filhos de Adão e Eva, que teria matado seu irmão Abel e foi amaldiçoado por Deus a ter vida eterna e fome pelo sangue que teria derramado de seu irmão. Caim encontrou Lilith, com quem se uniu e teve vários filhos, todos eles carregando sua maldição.

Stocker “bebeu” de muitas referências para fazer sua obra, inclusive desta versão bíblica e isso talvez explique porque seu Drácula não pode entrar em solo sagrado, tem pavor do crucifixo e a questão do sol faz parte da maldição divina, Caim não poderia se expor ao sol, transformando-o em um ser da noite.

Obras sobre vampiros, são um estilo de literatura muito procurado, com muitos autores contemporâneos criando histórias fantásticas, publicadas em série, algumas transformadas em filme ou séries de televisão e tem obtido enorme sucesso, demonstrando que este tipo de literatura sempre terá quem a aprecie.

No Brasil também existem muitas publicações, algumas bastante originais. Infelizmente nunca li nenhuma, no máximo vi algum filme, alguma resenha então não me sinto em condições de comentar sobre as mesmas, a única que me vem a cabeça é “O Vampiro de Curitiba” uma coletânea de contos de Dalton Trevisan e que também ainda não tive a oportunidade de ler todos, apenas li o conto que dá título a obra e nada tem a ver com vampiros, exceto em linguagem figurada e desconfio que os demais também não tem.

Mas quem quiser pesquisar sobre o tema, tem uma farta lista no tio Google, com muitas indicações.

CINEMA

O filme mais antigo sobre vampiros acredita-se que seja Nosferatu, um filme mudo,  alemão, de 1922 e que foi baseado na obra de Stocker, porém como os produtores não conseguiram uma permissão dos herdeiros para fazer a obra, acabaram fazendo um filme que tentou ser “original”, porém foram processados e a justiça determinou a destruição do filme. Sorte que algumas cópias sobreviveram.

Em 1979, Werner Herzog dirigiu uma refilmagem, que chamou de “Nosferatu: Phanton der Nacht”  (Nosferatu: Fantasma da Noite), que alguns confundem com o filme de 1922 e igualmente é baseada no Drácula.

Em 1931 a Universal Filmes apresentou “Drácula” com Bela Lugosi interpretando o vampiro e foi o primeiro filme sonoro e a partir daí diversos outros estúdios começaram a produzir versões de filmes com vampiros, inclusive “A filha de Drácula”, lançado em 1936 e que teve alguma notoriedade.

De todos os filmes de vampiro, desta época, se destacaram os filmes de uma produtora inglesa, a “Hammer Film Production”, que já era especializada em filmes de terror e lançou sua versão de “Drácula” com o ator Christopher Lee como protagonista.

Lee — que nos deixou em 2015 — fez muitos filmes, alguns com personagens marcantes. Esteve presente em um 007, teve papéis importantes em “Senhor dos Anéis” e “Star Wars” e tem uma filmografia enorme, porém o personagem Drácula marcou sua carreira de forma indelével.

Fui “apresentado” aos vampiros com os filmes de Lee, lembro que assistia na TV e depois não dormia direito, sempre perseguido pelo conde, com aquele jeitão assustador que o ator imprimia ao personagem. A história sempre parecia a mesma e na verdade era… praticamente reprisavam o livro de Bram Stocker a cada filme, com poucas variações e no final o vampiro morria, seja por uma adaga cravada em seu peito ou com os raios do sol decompondo seu corpo até virar pó…

E sempre dava um jeito de voltar e contavam a mesma história…

Em 1992, Francis Ford Copolla decidiu fazer um filme extremamente fiel a obra de Stocker, colocou no filme um elenco de peso, com Gary Oldman no papel de Drácula e atores como Keanu Reeves, Winona Rider (ainda uma atriz desconhecida) Anthony Hopkins entre outros nomes conhecidos do cinema. Deu um banho de sangue no filme e conseguiu grande sucesso e apesar de ser bastante criticado por “excesso de violência” foi muito bem recebido pelo público, que finalmente podia ver um filme com a essência do livro original.

Mas não se iluda achando que apenas Drácula faz sucesso, outros filmes que a assustada leitora e o apavorado leitor talvez nem saibam que também são de “vampiros”, se deram muito bem no cinema, entre eles a história criada por Richard Matheson no filme “I am Legend” (Eu sou a Lenda) de 1954 e que serviu de base para “Last Man on Earth” (Último Homem na Terra), de 1964 e depois “Omega Man” (A última esperança da Terra), este com Charton Heston como protagonista e novamente “Eu sou a lenda” em 2007, com o ator  Will Smith no papel. O interessante em todos estes filmes é que na verdade todos eram uma espécie de vampiros e o “herói” era o único homem, invertendo os papéis.

Houve uma época em que filmes com vampiros interpretados por atores negros, começaram a se destacar no cenário de Hollywood, em 1972 surgiu “Blacula, o Vampiro Negro”, em que um príncipe africano vai até a Transilvânia e é mordido pelo próprio Drácula, fica preso por alguns anos até aparecer em Los Angeles, na década de 70.

Alguns atores famosos como Eddie Murphy interpretaram o papel e talvez o que mais teve destaque tenha sido “Blade, o Caçador de Vampiros” interpretado por Wesley Snypes, que faz o papel de um vampiro que era meio-humano e assume o personagem “Van Helsing” da obra de Stocker, que era um caçador de vampiros.

A comédia não tardou a explorar o tema e alguns filmes de vampiro se tornaram exemplos clássicos de “terrir”, onde apesar de assustadores, os vampiros faziam rir, mais que assustar. De todos ainda lembro de “Amor a primeira mordida” com o canastrão George Hamilton fazendo um conde Drácula absolutamente bonzinho. O desenho “Hotel Transilvânia” da Disney também apresenta um Drácula bastante engraçado que dirige um hotel para monstros.

O interessante é que alguns filmes que obviamente não foram feitos para serem comédia, acabam se tornando isso, pelo exagero das criaturas vampirescas e cenas que acabam nos levando as gargalhadas, mesmo que o filme tente parecer “sério” como “Garotos Perdidos” ou “Um drink no inferno” de Tarantino. Inclusive inicialmente nada leva a crer que seja um filme de vampiros.

Já outros são comédias escrachadas mesmo.

E não podemos esquecer as mulheres, as vampiras ou vampirescas, ao contrário dos vampiros costumam despertar mais atração que os vampiros, já que costumam ser representadas por mulheres muito belas e voluptuosas, verdadeiras fêmeas fatais. Talvez a que mais tenha se destacado no cinema seja a personagem “Elvira, Rainha das Trevas”, que nem é uma vampira, mas se veste como uma. A atriz Milla Jovovich ficou famosa com a série “Resident Evil” onde interpreta a personagem Alice, que tecnicamente é uma “caçadora de vampiros” já que os terríveis seres da série são um tipo de vampiro de ficção científica, criados por um vírus.

Talvez a vampiresca mais sensual seja Vampirella, uma personagem dos quadrinhos, mas cujo filme, de 1996 é considerado um clássico do cinema trash.

Nos filmes de vampiro, quase sempre tem várias mulheres que conduzem toda a trama, a obra original de Bram Stocker gira em torno da busca de Drácula, por sua amada Mina, que ele busca na bela Elisabetha, que é praticamente um clone dela.

E para finalizar, embora o cinema e vampiros sejam um campo tão vasto, que sequer foi arranhado, vou falar de crossover, que são filmes que misturam personagens distintos. Neste segmento vampiros x lobisomens parecer ser a escolha “natural” do cinema e existem séries de filmes com esta temática, onde vampiros e lobisomens se enfrentam como se fossem inimigos desde o início dos tempos.

As séries “Anjos da Noite” e “Crepúsculo” são as que mais se destacaram neste cenário, demonstrando que estes dois tipos de monstros não são muito chegados uns aos outros, talvez porque ambos são criaturas da noite e queiram disputar o espaço.

As pessoas confundem vampiros com lobisomens em diversos sentidos, desde os objetos que os afastam ou matam até na questão do sangue. Quem se alimenta de sangue é apenas o vampiro, os lobisomens são animalescos e destroem quem encontram, sendo que a única similaridade é saírem a noite e passarem sua maldição para as vitimas… caso não morram 🙂

O tema vampiro é amado pelo cinema, seja na sua forma mais clássica ou em outros formatos, como filmes de zumbi ou mesmo representados por outras figuras, como no caso dos androides de “Blade Runner”, que são ainda melhor representados pela raça dos Borgs na série “Star Trek”.

Nem sempre os vampiros se parecem com o clássico Drácula e tem os mesmos poderes. No filme “Highlander” os protagonistas são uma espécie de vampiros, vivem eternamente e caçam uns aos outros, sendo que cortando a cabeça de um adversário da mesma espécie adquirem sua força vital e se tornam mais poderosos. Felizmente tentam nos deixar de fora de sua briguinha particular. Não deixa de ser um filme de vampiro.

Basicamente o vampiro é um ser diferente, que vive entre outros — normalmente mais fracos — com a capacidade de passar para outros o seu poder ou maldição, dependendo do ponto de vista. Neste caso filmes como “X-Man”, que inclusive tem uma personagem chamada Vampira e que pode sugar o poder de outros heróis podem ser considerados como filmes de vampiro.

E você, qual é seu filme preferido de vampiro… coloque nos comentários para a gente saber?

HQ

Os quadrinhos não poderiam deixar de lado este filão e tem seus próprios heróis e histórias clássicas.

Um dos personagens mais conhecidos dos quadrinhos, o Batman não é um vampiro, não bebe o sangue de ninguém, mas escolheu o morcego para marcar sua presença e age contra os criminosos como um ser assustador, inclusive usa uma capa, acessório indispensável dos vampiros da antiguidade e que provavelmente foi introduzida ao personagem pelos atores de teatro, já que permitia fazer cenas diversas com mais facilidade.

No filme “Plan 9 from outer Space” (Plano 9 do Espaço Exterior), considerado o pior filme da história do cinema e “obra prima” do diretor Ed Wood. Um dos personagens é interpretado por Bela Lugosi, que também fez o papel de Drácula em um dos primeiros filmes de vampiros do cinema. Acontece que o ator morre antes do filme terminar, então Ed coloca no lugar do ator seu dentista, que não tinha qualquer semelhança com Lugosi, inclusive no tamanho. Para “disfarçar” o personagem passa a aparecer o resto do filme com uma capa cobrindo o rosto. Na verdade o personagem não tinha qualquer importância no filme, poderia ser retirado, mas Wood era fã do ator e o queria em seu filme.. mantendo-o, mesmo sem ser o ator original. As cenas com o personagem parecem fazer parte de outro filme.

Com certeza Batman também só entra neste texto, porque o autor gosta do personagem, mas pelo menos em uma de suas histórias, “Red Rain” ele se torna de fato um vampiro e deixa uma trilha de sangue. Trata-se de uma minissérie onde Batman encara o próprio Drácula e uma horda de vampiros atacando Gotham City e acaba se tornando um vampiro. Ainda não li, mas está ai uma HQ que está na minha lista.

O Drácula clássico sempre está presente nos quadrinhos, seja com a história original ou através da imaginação de diversos autores.

Falei anteriormente da Vampirella, que fez muito sucesso aqui no Brasil, quando foi publicada, inicialmente pela editora Noblet e depois outras. A personagem foi desenhada por feras dos quadrinhos, como González e Maroto. Além de Vampirella tem uma outra vampira famosa nos quadrinhos, chama-se Pearl Jones, trata-se de uma vampiresca mais discreta e que tenta equilibrar a fome de sangue.

Como também já citei, Mauricio de Souza tem um vampirinho entre seus personagens, o Zé Vampir, que pertence a turma do Penadinho.

A Marvel tem diversos vampiros em seu cartel de quadrinhos, alguns heróis, outros vilões, costumam aparecer em histórias de personagens mais famosos. Uma delas, chamada “Spitfire” foi contaminada pelo vilão “Barão Sangue” mas recebe uma transfusão de sangue do Tocha Humana e se torna meio vampira, meio heroína… do tipo: “em chamas”. Pensa… uma vampiresca que pode pegar fogo, nem sei como não tem sua própria revista 🙂

Os vampiros costumam ser os personagens mais tenebrosos nas revistas especializadas de terror, geralmente são líderes de outros monstros ou pessoas amarguradas que tentam manter sua situação peculiar em segredo.

JOGOS

Seja em computadores ou tabuleiro, cartas, RPG e outras modalidades de jogos, os vampiros são quase sempre os convidados de honra, os seres mais poderosos ou talvez os mais perseguidos. O fato é que seja qual for o jogo não é muito bom ter como inimigo o vampiro.

Nos computadores um dos jogos mais populares é Castlevania, onde o protagonista é o maior inimigo do Drácula, o caçador de vampiros.

Em “BloodRayne” o jogador atua como uma vampira mestiça, cuja missão é exterminar os outros vampiros do jogo, bem ao estilo de “Blade”, porém com uma mulher no papel principal.

Até mesmo a serie SIMs tem um pacote de expansão, chamado “Vida Noturna” onde o jogador pode assumir o papel de um vampiro ou vampiresca e sair pelo jogo atacando os demais jogadores.

Uma série adolescente muito popular na TV tem sua versão para videogames, trata-se de “Buffy, a caça vampiros” e no jogo a missão é fazer o mesmo que o nome indica… sair pelo mundo aberto acabando com a vampirada.

Em jogos clássicos de computador, vampiros costumam aparecer, não exatamente como protagonistas, mas surgem entre os inimigos e costumam ser dos piores para enfrentar, afinal o vampiro é quase imortal.

Nos tabuleiros e cartas encontramos clássicos como “Vampiro, a máscara”, que também tem versões para video games e RPG.

O clássico jogo de crianças, pega-pega é basicamente um jogo de vampiro, onde uma das crianças tem que “caçar” as outras, quando toca uma outra criança esta tem que ajudar na caçada, ou seja, tornou-se um vampiro. A última a ser pega vence o jogo, que fica cada vez mais difícil.

Em uma versão para adultos, onde piscar corresponde a pegar, mas se a pessoa for vista piscando por outro jogador o vampiro perde… no caso chamam o jogo de “assassino” mas em alguns lugares joga-se como vampiro, sendo que se um vampiro for apanhado contaminando uma pessoa perde os poderes e fica de fora. Tanto podem vencer os vampiros quanto os “normais”.

A verdade é que tudo em que se coloca um vampiro no meio, fica mais emocionante.

TRNFRMDS

E para encerrar, fica aqui minha propaganda de um jogo que lancei no final de 2019, aqui mesmo pela MS, porém devido a similaridade com a COVID 19, optei por não lançar.

Criei o jogo durante o ano de 2019 e dei início ao lançamento na Black Friday de novembro, inclusive com um crowndfunding. No entanto quando estava para imprimir as cartas, a COVID chegou comecei a ver as semelhanças demais nas duas situações. Inclusive porque o vírus de meu jogo também tinha origem na China… entendi que seria um desrespeito a situação e desisti do lançamento.

Trata-se de TRSNFRMDS (leia Transformados) onde não tem exatamente vampiros, mas tem seres bem sombrios, contaminados por um vírus que afeta seus cérebros. Os TRNSFRMDS ainda são pessoas vivas, mas podem passar o vírus para as outras pessoas.

No universo que imaginei temos que viver no mesmo mundo que eles, porém nunca se aproximando o suficiente para que nos ataquem e transmitam o virus.

O nome — sem vogais — vem do fato que os TRNSFRMDS não conseguem se expressar verbalmente, só falam de forma gutural, precisam se alimentar e como não conseguem por bem, fazem pela força, não se alimentam de carne humana, mas podem morder e te contaminar apenas pela proximidade.

Ainda tenho intenção de lançar o jogo, que terá versões para cartas, tabuleiro, video-game, RPG e até mesmo um projeto para fazer um filme-jogo, ao estilo de Bandersnatch, o filme da série da Netflix, mas antes espero que a humanidade aprenda a lidar melhor com esta pandemia, caso contrário nunca estarei confortável o suficiente para lançar o jogo, que na versão inicial, com apenas cartas foi destinada para crianças.

Então é isso… a matéria acabou ficando gigantesca e nem arranhei a superfície do tema, vampiros são praticamente seres recorrentes em nossa imaginação e a cada dia sai algo novo a respeito deles.

Se acha que faltou algo, complemente a matéria falando da sua própria experiência com estes seres das trevas, mas que podem até ser divertidos, sem contar que muitas pessoas podem sonhar em se tornar vampiros, na expectativa de viver “eternamente”.

Particularmente não gostaria, gosto do sol, da luz do dia, se tivesse que viver eternamente, mas só na noite, creio que ia ser mais um castigo.

Divino Leitão

Safra de 57, um cara das artes, professor e coordenador do CPD da MS. Desde sempre!

3 comentários sobre “VAMPIROS

  • Mais um excelente artido do DL.
    Quando criança assistia muitos filmes de vampiro com meu avô, fazíamos isso em uma tv preto e branco 14 polegadas que era só dele.
    Na epoca eu tinha meus 8 anos e meu avô foi a pessoa que mais fex crescer a minha imaginação com filmes e livros.
    Vampiros, Lobisomens e os filmes de Kung Fu eram constantes.

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  • Que artigo agradável de se ler, realmente o assunto sobre Vampiros é bem vasto, que mexe com o nosso imaginário e nunca envelhece (olha a referência rsrsrs), você conseguiu dar uma pitadas em vários segmentos sobre o assunto, que foi muito bem colocado, inclusive alguns livros e filmes não conseguia, um em especial Carmilla, já comprei o e-book para me deliciar no final de semana.
    Parabéns e continue com esse trabalho de pesquisa e compartilhando conosco.
    Abraços !

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    • Obrigado pelo feedback, Carlos. Ficamos muito felizes por aqui quando alcançamos o objetivo de levar a informação a nossos leitores. Como deve ter percebido na matéria, os vampiros e o cinema me acompanham desde muito cedo.

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