MICRO SISTEMAS IMPRESSA
NOVA TIRAGEM DA MS 23a
Então… você perdeu a edição impressa da MS, publicada em meados de 2020, em comemoração ao lançamento do Amazônia 2020?
Pois corra, uma reedição está sendo disponibilizada, basta clicar na imagem da capa, logo a seguir.
ENTENDA PORQUE ESTA EDIÇÃO FOI REIMPRESSA
PORQUE A REEDIÇÃO?
Quando RD projetou o “Aventuras na Selva” a intenção era publicar o jogo nas bancas de jornais, tanto que criou para isso um manual impresso completo, que seria a parte impressa, com todas as instruções, mapa e detalhes do jogo. Acompanhada de uma fita K7, com o jogo já funcionando.
Ao decidir publicar na MS, algumas coisas tiveram que mudar, a fita K7 foi substituída pela listagem e o manual foi reduzido, não sendo aproveitado na publicação.
O sucesso da publicação na MS compensou as mudanças no projeto, mas em 2020 RD decidiu lançar uma versão nova do AMAZÔNIA, junto a um Editor de Aventuras, também totalmente novo, chamado GÊNESIS.
O GÊNESIS é a evolução de outros editores, que foram sendo criados ao longo do tempo, como o EDITOR DE LIVROS DE AVENTURA, o MA— totalmente on line —e muitos outros, como o A.R.T.U.R, que usa IA para ajudar a criar manuais e narrativas diversas, no formato MA.
Todos estes produtos derivam lá do “AVENTURAS NA SELVA” original.
O lançamento do AMAZONAS 2020, mesmo em meio a Pandemia do Corona Vírus, foi cercado de ações especiais, tais como uma maleta carregada de brindes, entre eles o famoso cristal, que é essencial para vencer o jogo (olha o spoiller), uma bússola rústica de madeira que só falta funcionar e o famoso manual, exatamente como foi criado nos anos 80, com encadernação da época e incluindo as anotações originais que o RD fez nas margens.
Foi um pacote inesquecível, onde evidentemente não podia faltar a edição 23a, que reproduz a capa da edição original, a de número 23, porém com artigos novos, escritos por pessoas que participaram daquela aventura inicial. Apenas o artigo sobre o jogo foi preservado, com algumas poucas alterações ou correções, os demais são artigos originais que só tem nesta segunda versão.
E edição esgotou e foi reimpressa uma segunda (re)edição, que pode ser encontrada — se você tiver sorte — clicando na reprodução da capa, lá no início do artigo.
DL E O AVENTURAS NA SELVA
O coordenador de editores da atual MS conta, em primeira pessoa como este programa influenciou sua própria história.
Eu ainda não conhecia a revista Micro Sistemas, já tinha visto uma ou outra edição, e inclusive havia tentado digitar um dos jogos publicados anteriormente, um tal de “Simulador de Voo”.
Minha inexperiência no assunto era tanta que digitei o jogo inteiro em meu Timex Sinclair 1000, uma versão norte americana do ZX81, porém o jogo era para o BASIC do TRS 80 e não tinha como funcionar, já que são linhas completamente diferentes de computador.
A frustração me fez desistir da MS por uns tempos. Aquilo era normal, eu comprava livros com programas e nenhum funcionava direito.
A próxima MS que comprei foi a edição 22, onde foi publicado o programa AEROPORTO 83, que inicialmente nem tentei digitar, pois mal sabia lidar com BASIC, não ia me aventurar com o assembler, mas senti muita firmeza no texto e quando saiu a histórica edição 23, comprei, digitei o AVENTURAS NA SELVA e pela primeira vez vi um jogo funcionar em meu modesto micrinho.
É difícil descrever a sensação de realização, mas é fácil descrever como me senti ao jogar.
Em uma das passagens do jogo tem uma sala com um sarcófago e uma das opções é sair por uma porta, quando passei a porta veio a mensagem:
— Há um barulho na sala ao lado.
Sou um cara com muita imaginação, quando lia meus muitos livros eu criava na mente os cenários descritos, mas a sensação de arrepio na coluna, de visualizar uma múmia saindo do sarcófago foi impressionante. Fiquei com medo real de voltar para a sala do sarcófago.
Pode parecer bobagem a alguns, mas foi a primeira vez que um jogo me causou este tipo de sensação, um jogo quase sem gráficos, onde eu tinha que digitar os comandos e que eu mesmo tinha digitado, então sabia — mais ou menos — que nem tinha múmia na tal sala.
Mas ter digitado o jogo é que foi o ponto alto, decidi seguir as instruções e digitar o Aeroporto 83 e novamente tive o prazer de ver o jogo funcionar, um joguinho diferente, com os tais pontinhos píxelizados fazendo as vezes de um avião na tela, mas a sensação de vitória foi novamente indescritível, afinal eu havia me transformado em um “programador”.
E a partir daí, arregacei as mangas e fiz o “Cavernas de Marte”, meu primeiro jogo e também um dos primeiros jogos a serem comercializados no Brasil, na verdade foi lançado antes do AMAZÔNIA e pela mesma empresa e não lancei apenas um, mas quatro jogos de uma vez.
O primeiro na verdade não foi “lançado” quando terminei, fui na Ciência Moderna que era praticamente a única lojas que trabalhava com jogos de computador no Rio de Janeiro, era uma livraria, mas especializada em informática e vendiam muitos jogos lá.
Levei meu jogo, mostrei para o gerente e recebi uma proposta bem indecente… escolher qualquer livro da loja e deixar lá o jogo, para eles venderem. Para quem só queria ver se as outras pessoas gostariam do jogo estava de bom tamanho, escolhi meu livro e fui para casa, todo feliz.
Dias depois fui procurado pelo “Zéduardo” diretor da Ciberne, amigo do RD e que tinha visto meu jogo e gostado, perguntou se eu teria interesse em comercializar e se podia fazer mais jogos do tipo.
Ah… não prestou, fiz uma versão nova do Cavernas de Marte, usando um compilador assembler, e ainda fiz outros 3 jogos, em tempo recorde. O último deles, um jogo totalmente original e em assembler direto, pois já dominava a programação neste formato, não precisava mais de compiladores.
Foi coisa de pouco mais de um mês e neste período o Zéduardo me apresentou ao RD e há pouco tempo atrás soube o que ele falou… que tinha conhecido um “maluco” que fazia jogos sem parar.
Era eu… e o resto da história todos conhecem, fui trabalhar na MS, meus jogos foram lançados e apesar de não serem um sucesso financeiro — isso é outra história — foram um sucesso de público, e tive o prazer de ver minhas criações em video wall, no stand da Prológica, no da Microdigital e outros lugares, nas famosas feiras de informática, que aconteciam naquela época.
Eu era um programador de jogos… para mim uma grande conquista, que eu só perceberia não ser tão boa mais a frente, mas falo disso em um outro artigo.
E sim, a culpa foi do RD, do AVENTURAS NA SELVA e da MS… alias conto exatamente esta mesma história no meu artigo desta edição 23a… de um jeito mais curto, eu acho 🙂
Para mim foi muita coisa, a amizade com o RD perdura até hoje, nós mudamos, viramos dinossauros pré-históricos, mas nenhum meteoro nos destruiu e ainda estamos em plena atividade.
Quando RD projetou o “Aventuras na Selva” a intenção era publicar o jogo nas bancas de jornais, tanto que criou para isso um manual impresso completo, que seria a parte impressa, com todas as instruções, mapa e detalhes do jogo. Acompanhada de uma fita K7, com o jogo já funcionando.
Ao decidir publicar na MS, algumas coisas tiveram que mudar, a fita K7 foi substituída pela listagem e o manual foi reduzido, não sendo aproveitado na publicação.
O sucesso da publicação na MS compensou as mudanças no projeto, mas em 2020 RD decidiu lançar uma versão nova do AMAZÔNIA, junto a um Editor de Aventuras, também totalmente novo, chamado GÊNESIS.
O GÊNESIS é a evolução de outros editores, que foram sendo criados ao longo do tempo, como o EDITOR DE LIVROS DE AVENTURA, o MA— totalmente on line —e muitos outros, como o A.R.T.U.R, que usa IA para ajudar a criar manuais e narrativas diversas, no formato MA.
Todos estes produtos derivam lá do “AVENTURAS NA SELVA” original.
O lançamento do AMAZONAS 2020, mesmo em meio a Pandemia do Corona Vírus, foi cercado de ações especiais, tais como uma maleta carregada de brindes, entre eles o famoso cristal, que é essencial para vencer o jogo (olha o spoiller), uma bússola rústica de madeira que só falta funcionar e o famoso manual, exatamente como foi criado nos anos 80, com encadernação da época e incluindo as anotações originais que o RD fez nas margens.
Foi um pacote inesquecível, onde evidentemente não podia faltar a edição 23a, que reproduz a capa da edição original, a de número 23, porém com artigos novos, escritos por pessoas que participaram daquela aventura inicial. Apenas o artigo sobre o jogo foi preservado, com algumas poucas alterações ou correções, os demais são artigos originais que só tem nesta segunda versão.
E edição esgotou e foi reimpressa uma segunda (re)edição, que pode ser encontrada — se você tiver sorte — clicando na reprodução da capa, lá no início do artigo.
DL E O AVENTURAS NA SELVA
O coordenador de editores da atual MS conta, em primeira pessoa como este programa influenciou sua própria história.
Eu ainda não conhecia a revista Micro Sistemas, já tinha visto uma ou outra edição, e inclusive havia tentado digitar um dos jogos publicados anteriormente, um tal de “Simulador de Voo”.
Minha inexperiência no assunto era tanta que digitei o jogo inteiro em meu Timex Sinclair 1000, uma versão norte americana do ZX81, porém o jogo era para o BASIC do TRS 80 e não tinha como funcionar, já que são linhas completamente diferentes de computador.
A frustração me fez desistir da MS por uns tempos. Aquilo era normal, eu comprava livros com programas e nenhum funcionava direito.
A próxima MS que comprei foi a edição 22, onde foi publicado o programa AEROPORTO 83, que inicialmente nem tentei digitar, pois mal sabia lidar com BASIC, não ia me aventurar com o assembler, mas senti muita firmeza no texto e quando saiu a histórica edição 23, comprei, digitei o AVENTURAS NA SELVA e pela primeira vez vi um jogo funcionar em meu modesto micrinho.
É difícil descrever a sensação de realização, mas é fácil descrever como me senti ao jogar.
Em uma das passagens do jogo tem uma sala com um sarcófago e uma das opções é sair por uma porta, quando passei a porta veio a mensagem:
— Há um barulho na sala ao lado.
Sou um cara com muita imaginação, quando lia meus muitos livros eu criava na mente os cenários descritos, mas a sensação de arrepio na coluna, de visualizar uma múmia saindo do sarcófago foi impressionante. Fiquei com medo real de voltar para a sala do sarcófago.
Pode parecer bobagem a alguns, mas foi a primeira vez que um jogo me causou este tipo de sensação, um jogo quase sem gráficos, onde eu tinha que digitar os comandos e que eu mesmo tinha digitado, então sabia — mais ou menos — que nem tinha múmia na tal sala.
Mas ter digitado o jogo é que foi o ponto alto, decidi seguir as instruções e digitar o Aeroporto 83 e novamente tive o prazer de ver o jogo funcionar, um joguinho diferente, com os tais pontinhos píxelizados fazendo as vezes de um avião na tela, mas a sensação de vitória foi novamente indescritível, afinal eu havia me transformado em um “programador”.
E a partir daí, arregacei as mangas e fiz o “Cavernas de Marte”, meu primeiro jogo e também um dos primeiros jogos a serem comercializados no Brasil, na verdade foi lançado antes do AMAZÔNIA e pela mesma empresa e não lancei apenas um, mas quatro jogos de uma vez.
O primeiro na verdade não foi “lançado” quando terminei, fui na Ciência Moderna que era praticamente a única lojas que trabalhava com jogos de computador no Rio de Janeiro, era uma livraria, mas especializada em informática e vendiam muitos jogos lá.
Levei meu jogo, mostrei para o gerente e recebi uma proposta bem indecente… escolher qualquer livro da loja e deixar lá o jogo, para eles venderem. Para quem só queria ver se as outras pessoas gostariam do jogo estava de bom tamanho, escolhi meu livro e fui para casa, todo feliz.
Dias depois fui procurado pelo “Zéduardo” diretor da Ciberne, amigo do RD e que tinha visto meu jogo e gostado, perguntou se eu teria interesse em comercializar e se podia fazer mais jogos do tipo.
Ah… não prestou, fiz uma versão nova do Cavernas de Marte, usando um compilador assembler, e ainda fiz outros 3 jogos, em tempo recorde. O último deles, um jogo totalmente original e em assembler direto, pois já dominava a programação neste formato, não precisava mais de compiladores.
Foi coisa de pouco mais de um mês e neste período o Zéduardo me apresentou ao RD e há pouco tempo atrás soube o que ele falou… que tinha conhecido um “maluco” que fazia jogos sem parar.
Era eu… e o resto da história todos conhecem, fui trabalhar na MS, meus jogos foram lançados e apesar de não serem um sucesso financeiro — isso é outra história — foram um sucesso de público, e tive o prazer de ver minhas criações em video wall, no stand da Prológica, no da Microdigital e outros lugares, nas famosas feiras de informática, que aconteciam naquela época.
Eu era um programador de jogos… para mim uma grande conquista, que eu só perceberia não ser tão boa mais a frente, mas falo disso em um outro artigo.
E sim, a culpa foi do RD, do AVENTURAS NA SELVA e da MS… alias conto exatamente esta mesma história no meu artigo desta edição 23a… de um jeito mais curto, eu acho 🙂
Para mim foi muita coisa, a amizade com o RD perdura até hoje, nós mudamos, viramos dinossauros pré-históricos, mas nenhum meteoro nos destruiu e ainda estamos em plena atividade.
O coordenador de editores da atual MS conta, em primeira pessoa como este programa influenciou sua própria história.
Eu ainda não conhecia a revista Micro Sistemas, já tinha visto uma ou outra edição, e inclusive havia tentado digitar um dos jogos publicados anteriormente, um tal de “Simulador de Voo”.
Minha inexperiência no assunto era tanta que digitei o jogo inteiro em meu Timex Sinclair 1000, uma versão norte americana do ZX81, porém o jogo era para o BASIC do TRS 80 e não tinha como funcionar, já que são linhas completamente diferentes de computador.
A frustração me fez desistir da MS por uns tempos. Aquilo era normal, eu comprava livros com programas e nenhum funcionava direito.
A próxima MS que comprei foi a edição 22, onde foi publicado o programa AEROPORTO 83, que inicialmente nem tentei digitar, pois mal sabia lidar com BASIC, não ia me aventurar com o assembler, mas senti muita firmeza no texto e quando saiu a histórica edição 23, comprei, digitei o AVENTURAS NA SELVA e pela primeira vez vi um jogo funcionar em meu modesto micrinho.
É difícil descrever a sensação de realização, mas é fácil descrever como me senti ao jogar.
Em uma das passagens do jogo tem uma sala com um sarcófago e uma das opções é sair por uma porta, quando passei a porta veio a mensagem:
— Há um barulho na sala ao lado.
Sou um cara com muita imaginação, quando lia meus muitos livros eu criava na mente os cenários descritos, mas a sensação de arrepio na coluna, de visualizar uma múmia saindo do sarcófago foi impressionante. Fiquei com medo real de voltar para a sala do sarcófago.
Pode parecer bobagem a alguns, mas foi a primeira vez que um jogo me causou este tipo de sensação, um jogo quase sem gráficos, onde eu tinha que digitar os comandos e que eu mesmo tinha digitado, então sabia — mais ou menos — que nem tinha múmia na tal sala.
Mas ter digitado o jogo é que foi o ponto alto, decidi seguir as instruções e digitar o Aeroporto 83 e novamente tive o prazer de ver o jogo funcionar, um joguinho diferente, com os tais pontinhos píxelizados fazendo as vezes de um avião na tela, mas a sensação de vitória foi novamente indescritível, afinal eu havia me transformado em um “programador”.
E a partir daí, arregacei as mangas e fiz o “Cavernas de Marte”, meu primeiro jogo e também um dos primeiros jogos a serem comercializados no Brasil, na verdade foi lançado antes do AMAZÔNIA e pela mesma empresa e não lancei apenas um, mas quatro jogos de uma vez.
O primeiro na verdade não foi “lançado” quando terminei, fui na Ciência Moderna que era praticamente a única lojas que trabalhava com jogos de computador no Rio de Janeiro, era uma livraria, mas especializada em informática e vendiam muitos jogos lá.
Levei meu jogo, mostrei para o gerente e recebi uma proposta bem indecente… escolher qualquer livro da loja e deixar lá o jogo, para eles venderem. Para quem só queria ver se as outras pessoas gostariam do jogo estava de bom tamanho, escolhi meu livro e fui para casa, todo feliz.
Dias depois fui procurado pelo “Zéduardo” diretor da Ciberne, amigo do RD e que tinha visto meu jogo e gostado, perguntou se eu teria interesse em comercializar e se podia fazer mais jogos do tipo.
Ah… não prestou, fiz uma versão nova do Cavernas de Marte, usando um compilador assembler, e ainda fiz outros 3 jogos, em tempo recorde. O último deles, um jogo totalmente original e em assembler direto, pois já dominava a programação neste formato, não precisava mais de compiladores.
Foi coisa de pouco mais de um mês e neste período o Zéduardo me apresentou ao RD e há pouco tempo atrás soube o que ele falou… que tinha conhecido um “maluco” que fazia jogos sem parar.
Era eu… e o resto da história todos conhecem, fui trabalhar na MS, meus jogos foram lançados e apesar de não serem um sucesso financeiro — isso é outra história — foram um sucesso de público, e tive o prazer de ver minhas criações em video wall, no stand da Prológica, no da Microdigital e outros lugares, nas famosas feiras de informática, que aconteciam naquela época.
Eu era um programador de jogos… para mim uma grande conquista, que eu só perceberia não ser tão boa mais a frente, mas falo disso em um outro artigo.
E sim, a culpa foi do RD, do AVENTURAS NA SELVA e da MS… alias conto exatamente esta mesma história no meu artigo desta edição 23a… de um jeito mais curto, eu acho 🙂
Para mim foi muita coisa, a amizade com o RD perdura até hoje, nós mudamos, viramos dinossauros pré-históricos, mas nenhum meteoro nos destruiu e ainda estamos em plena atividade.