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SONHOS E PESADELOS

Parte 1 de 1 da série S&P
  • SONHOS E PESADELOS

PROJETO S&P

A MS apresenta um novo projeto participativo, onde você pode apenas jogar ou interagir, tanto em modo solo quanto com uma equipe.

Você que curte um adventure, mas sempre teve preguiça de começar um, por achar super complicado ou não saber escrever um roteiro, desenhar ou nem quer ouvir falar em programação, mesmo que seja em um dos fantásticos editores que o RD — que é o pai (e também avô) dos adventures no Brasil — agora não vai ter mais desculpas.

Estamos disponibilizando um ambiente de criação, no qual, qualquer criança —  especialmente elas — poderá aprender a criar adventures, com muita facilidade.

S&P quer dizer SONHOS E PESADELOS e é neste ambiente que você poderá jogar ou criar, aquilo que preferir. Em S&P vale tudo, não precisa criar uma história com começo, meio e fim, fazer a publicação, divulgação e etc.

Nós cuidaremos de todos os detalhes, você só precisa imaginar algo e disponibilizar, utilizando uma das ferramentas mais conhecidas e simples da internet, um tal de “tio” Google.

Nada de aprender linguagens, lidar com mapas complexos ou mesmo criar uma história marcante, basta imaginar um sonho (ou buaahahahaaaaa, um pesadelo) e vamos te ensinar como publicar e se ficar legal, será adicionado ao projeto S&P, mas se não ficar, não desanime, alguns dos maiores criadores de adventures do Brasil vão te ajudar a acertar as arestas, até ficar como se deve. #tamujunto

QUEM TENHO QUE MATAR?

Calma… não vamos ficar “nelvosos”….

Primeiro você simplesmente entra no S&P  e joga um pouquinho, para sentir como é um adventure.

A má notícia é que o projeto já está no ar, mas ainda não será disponibilizado publicamente, isso vai acontecer em poucos dias. Se está lendo este aviso é porque ainda não aconteceu….

Quando jogar o adventure, vai perceber que sempre que voltar lá, haverá algo novo, que pode ter sido criado pela equipe da MS ou por alguma leitora mais engenhosa ou leitor mais fecundo.

E o mais legal é que sua criação não precisa ser nenhuma obra de arte, pode inclusive ser um daqueles sonhos (ou… ai que medaaa. pesadelo) que você não consegue esquecer e conseguirá colocar facilmente em um rascunho e começar a trabalhar nele.

Mas… mas… mas… não sei desenhar, não sei escrever, não sei fazer música. Ah, eu morro de “pregui”!

Ok… se não quiser participar, tudo bem, mas por favor, não venha com desculpas esfarrapadas, porque já pensamos nisso tudo e o projeto vai encampar uma conexão com pessoas que sabem desenhar, sabem escrever, etc e etc e que gostariam de fazer apenas o que sabem, ou seja, participar de uma equipe.

Not! No! Nein! Niet! Absolutamente não! A MS não está abrindo uma agência de empregos, todo o trabalho tem que ser voluntário, será apenas trocar figurinhas e aprender uma atividade que o mundo está aprendendo a respeitar, que é: criar jogos.

E COMO VAI FUNCIONAR ESSA BAGAÇA?

Estamos em 20/01/2021, pela manhã foi criado o jogo em si, que utiliza a ferramenta Google Sites e algumas pessoas certamente vão perguntar (especialmente o RD) porque usar uma ferramenta totalmente anacrônica a um editor de adventures, quando temos as melhores ferramentas para isso, criadas pelo RD e disponíveis gratuitamente no Clube Tilt.

A resposta é muito simples… mas é também uma pergunta. Quantos adventures você já criou no “Micro Aventuras” ou no “Gênesis”?

Eu criei vários, ainda estou criando e foi nestes lugares que primeiro coloquei o projeto S&P para funcionar, porém eu — que tenho familiaridade com os sistemas — percebi que teria primeiro que ensinar as pessoas a usar estas ferramentas e a ideia não é ensinar a usar ferramentas, mesmo porque os interessados nisso, tem todos os recursos e o próprio RD a disposição. (DL)

Vale muito a pena criar um jogo, mas mesmo este logo acima, que é uma história curta, baseada no primeiro episódio de Star Treck Discovery.

O objetivo deste projeto é propor uma forma rápida e fácil das pessoas visualizarem uma ideia e transformar rapidamente em algo jogável, mas isso já fazer parte de um contexto maior, ou seja, você passa a ser coadjuvante de um grande filme e não o protagonista de um filme que talvez ninguém veja.

A questão não é exatamente a ferramenta utilizada, pois qualquer uma permite criar e visualizar, desde que seja criado um jogo completo.

S&P vai permitir que você crie apenas um segmento de um jogo, que vai se incorporar a um outro jogo, sem maiores dificuldades.

O HTML existe desde quando começou a Internet (quem conhece a história sabe que a Internet começou com esta linguagem) e permite a criação de um adventure. Nos dias de hoje, sem precisar de maiores conhecimentos.

Todas as tentativas feitas pela MS, de iniciar alguém na criação de jogos esbarraram em ferramentas especializadas, que tem uma longa curva de aprendizado e isso as vezes desestimula os criadores, pois eles precisam também se tornar programadores, artistas em várias artes e isso atrapalha qualquer iniciação.

Portanto, a escolha de um sistema não especializado é uma forma de forçar o primeiro passo. Quando conseguir criar e ver funcionando seu primeiro jogo, dentro de um sistema mais completo, as pessoais realmente interessadas, irão perceber o valor que o MA e o Gênesis, tem e que vale a pena investir em aprender suas linguagens.

Vamos ler uma pequena história, que vai ilustrar isso bem melhor.

UM “CAUSO” DO DL

Aqui preciso narrar em primeira pessoa… (DL)

Eu tinha 12 anos e um sonho… que era aprender a tocar violão. Então procurei um curso e achei, no SENAC de Ribeirão Preto, nem lembro o nome do professor, E inclusive fui bastante ingrato com ele.

Na primeira aula, ainda sem ter um violão, sai da sala tocando a música “Amada Amante” do Roberto Carlos, não via a hora de ter meu violão para poder tocar para minha mãe ver, para os amigos, para uma namorada… NNNMO 🙂

Me considerava o “gênio da música”, me “achava” imaginando que tinha nascido sabendo e comprei o violão no dia seguinte, um “Di Giorgio Estudante”, que paguei com meu próprio dinheiro em suaves prestações.

E bingo… toquei “Amada Amante” para todos que tiveram a paciência de me ouvir tocar e a parte pior… cantar.

Lá naquela primeira (e única) aula fui apresentado também as cifras, que são representações de notas musicais para violão, fáceis de entender, mesmo para um principiante.

Não voltei as aulas justamente porque me achando um “virtuose”, deduzi que não precisava de professor e em poucos dias tocava (e cantava, mal pra “dedéu”) minhas primeiras músicas, para espanto de todos e meu mesmo, nem acreditava como eu era “bom” naquilo.

Hoje tenho 64 anos, três violões, sendo um deles um outro “Di Giorgio Estudante” e outro elétrico, o terceiro quase nunca usei, ganhei e não saiu muito da caixa, pois estava acostumado aos outros dois. Toco razoavelmente melhor que no meu início de “carreira” e também canto razoavelmente melhor.

Só que hoje sei que sou um violonista mediocre, mesmo com mais de 50 anos de “treino”. Só sei decorar cifras (que esqueço cada vez com mais facilidade) e não sei sequer compor um acorde, algo que qualquer moleque em sua segunda aula de violão, provavelmente já aprendeu. Confira no vídeo, por sua conta e risco…

A moral desta história é que se não estudar música, aprender a parte difícil, ninguém se torna músico, no máximo um tocador, uma espécie de macaco que decora as notas.

Uma pena que não voltei no curso, o professor era ótimo, sabia o que fazia, mas o aluno não o merecia. Ainda tenho esperanças de entrar em um curso e aprender direito, mas tenho consciência de que será cada vez mais difícil, quando mais uso errado, mais difícil se torna aprender a fazer corretamente.

Não foi assim com a programação! Aprendi primeiro justo a linguagem mais difícil, a tal linguagem de máquina, que me deu uma base para depois usar praticamente qualquer linguagem. Entrei num emprego de programador após aprender COBOL em uma noite… não que eu seja um gênio de programação, muito pelo contrário, mas quando comecei a ler o manual percebi que COBOL é praticamente igual ao BASIC e no dia seguinte estava lá, dizendo que sabia COBOL… Não sabia, claro! Mal sabia inicializar um terminal, mas tive bons amigos que me ensinaram, especialmente a Rosinha, uma fera da computação que me ajudou muito nestes primeiros momentos.

Se tivesse aprendido música antes de aprender a tocar o violão sozinho, talvez eu não tivesse a frustração que tenho hoje, de tocar, mas não saber o que estou fazendo.

Na computação não foi uma escolha, quando comecei era BASIC ou LM… e aprendi ambos.

VOLTANDO AO MUNDO DOS ADVENTURES

Quando você pega um editor sofisticado como o MA ou o Gênesis, que alias se comunicam entre si. Fica muito fácil fazer um adventure rodar, porque já está tudo lá, então você vê na tela seu “Hello Word” e pensa que já nasceu sabendo fazer, mesmo porque se aprender as “cifras” ou os comandos fica bem fácil ir vendo seu trabalho criar forma.

É como pegar editores sofisticados onde a base do jogo já está pronta, basta desenhar um sprite diferente e pronto… seu Super Mário já está lá, pulando e  matando as pobres tartaruguinhas, mesmo que ele se pareça com um sapo feio.

Se quiser um “jogo de tiro” tá lá o template, apenas mude as formas dos aviões e terá seu próprio Star Wars.

Assim como em um editor de adventure. onde não temos que entender como funciona, ou como uma imagem e um texto precisam seguir uma lógica, para se complementarem e levar a outra imagem e texto.

No entanto quando você pega um programa mais sofisticado, como o MS ou Gênesis, o adventure não está lá, pronto e bastando mudar um sprite para que tudo aconteça, é preciso criar todo o ambiente da história, preparar as imagens e sons, pensar nas diversas opções e caminhos que o jogador poderá imaginar e ainda aprender os comandos, a forma de trabalhar com o programa.

Se é sua primeira vez… posso assegurar que não vai conseguir, eu próprio não consegui das primeiras vezes e já tinha uma boa base em criar jogos. (DL)

Por este motivo ficou decidido que esta introdução a criação de adventures, deveria focar apenas no processo de criação, ignorando as ferramentas e proporcionando uma que qualquer pessoa possa usar, sem maiores dificuldades.

Se conseguir fazer assim… certamente fará melhor com uma ferramenta mais sofisticada.

 A ORIGEM

Quando o HTML foi criado, a ideia era simplesmente fazer o mesmo que fazemos nos adventures, transformar imagens e textos em links, que levam a outro lugar, na verdade começou primeiro com textos, as imagens foram sendo introduzidas aos poucos.

No início não era tão fácil como é hoje… com a opção de apenas “arrastar e soltar” e milhares de comandos poderosos, que só precisamos saber os nomes. Tinha que pegar um editor de texto e fazer “na unha”.

Seja qual for a ferramenta, alguma coisa será preciso aprender, alguma linguagem precisará ser decorada e justo no momento em que só queremos pensar na história que estamos criando.

A IA está vindo, talvez algum dia se possa contar ao computador uma ideia e ver ele gerar o programa a partir dela… tentativas diversas já foram feitas, mas não terminaram bem, dava mais trabalho explicar ao computador do que fazer a gente mesmo. (DL)

É neste ponto que a gentil padawan ou o revoltado Anakin — que foi recusado para o curso de Jedi — vão lembrar que HTML também é difícil de aprender e pior, praticamente não se usa mais.

Primeiro de tudo, vamos esclarecer que HTML ainda se usa e muito, apenas não precisa mais digitar em um editor de texto, decorar cada comando e cada parâmetro. Vamos também esclarecer que existe o HTML 5, mais sofisticado e que entre um e outro existem “trocentas” outras linguagens. As coisas não ficaram mais fáceis, ficaram mais complexas e difíceis.

Por estas e outras, a opção foi por um sistema que já tem tudo isso, é gratuito e dá para usar praticamente “de primeira”, gerando imediatamente o que é preciso para um bom adventure, sempre lembrando que um bom adventure não é feito apenas de imagens ou textos mas de uma história envolvente, que também tenha boas imagens, textos e até outras coisinhas.

Ainda não será revelado completamente esse “sistema mágico”. Vamos mostrar isso só mais a frente, pois este artigo é apenas o primeiro de uma série. (DL)

Só se pode garantir que você não precisará aprender HTML e se já souber, não fará muita diferença, o ponto é que não vai precisar aprender comandos, de nenhum tipo, nada de “cifras” apenas uma mente saudável, organizando ideias.

Se já tem algumas, mas também está pensando como vai desenhar isso se não consegue fazer um círculo com um compasso, ou mesmo como vai escrever uns textos legais se fugiu das aulas de português ou como o DL, mais acima, que pensa que toca violão, mas não sabe o que vem depois do RÉ…

Não pense nisso agora… deixe estes problemas com a velha e “safa” MS, que todas as respostas terão uma pergunta… ou talvez o contrário seja mais adequado.

Então fica o convite, diz para a gente — aí nos comentários — o que está achando, faça sugestões, mostre que isso te interessa.

Se não houver comentários já fica o aviso: a segunda parte e o link para o jogo vão demorar mais 🙂 (DL)

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